Presente da Aly

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Íris Pereira

Solidão, questão de querer?


Que direito tenho de sentir solidão se tenho duas pernas, dois braços uma cabeça para pensar?
Que direito tenho de sentir um aperto no peito, olha para os lados e não encontrar quem fale comigo, conte-me algo, pergunte-me como foi seu dia, sua noite, como estão seus filhos?
Com que direito me sinto só por não ter alguém que me pergunte: Será que vai chover? E daí? Se estou só fiz por merecer, afastei amigas, recusei convites, não fui ao culto, não fui ver vitrines, fiquei a balançar-me em minha rede verde lendo um livro, engolindo cada palavra do seu escritor, fiquei a emocionar-me com as histórias do autor, sem nem mesmo o conhecer, fiquei alegre com sua alegria, chorei com suas tristezas, excitei-me com suas carícias e palavras de desejos, eu senti aflição com seu desespero, senti medo com seu pavor, ri com sua risadas, dormi com seu cansaço e acordar para tornar a ler suas historias.
Com que direito me sinto solitária se vivo em um mundo onde os teles jornais contam tantas historias de violência contra qualquer que seja a vitima, é violência da parte de quem é pra defender a sociedade é violência da parte dos bandidos. Violência em casa onde se devia sentir-se seguro. Que loucura essa minha achar-me solitária se tenho saúde, uma família, um lar, um marido que volta ao entardecer, vizinhos que saem em seus carros e só balançam a cabeça como um jumento ao andar com sua carga, é assim o cumprimento de hoje em dia, já acionando o portão eletrônico com medo de ser assaltado, que faço eu aqui na calçada como antigamente varrendo as folhas que caem delicadamente das árvores que plantei onze anos atrás e que agora frondosa e bela dá sombra pra eu me sentar e sem medo ler meu livro. Muitos ninhos nelas eu vejo, logo nascerão alguns passarinhos que meus ouvidos encheram com seus cantos e pios, pulando de galho em galho, trazendo-me de volta ao tempo de criança onde gostava de um esconderijo nos galhos mais altos do pé de umbu.E varro as folhos, retiro os galhos caídos pelo vento forte de ontem a noite que passou assoviando ao meu ouvido quando era meia noite e sem sono fui ao jardim, só para dar uma volta pra se o sono voltava pra mim, trazendo -me bons sonhos, talvez um romance, ou um voou, faz tanto tempo que não consigo voar, será que minhas asas estão enferrujadas ou já não encontro motivação para isto também? Mas continuo me perguntando que motivos tenho de fato para sentir-me solitária se tem tantas pessoas nos hospitais precisando de uma palavra amiga, de conforto, nos asilos pessoas abandonados "ao conforto" por suas famílias que as deixam sem tempo de cuidar pessoalmente de quem já lhe cuidou, mas vou ser sincera, não é este tipo de papo que quero, tristeza eu já sinto só em pensar nessas pessoas, o que eu quero é uma companhia pertinho de mim, mexendo comigo, falando comigo, me ouvindo e eu a ouvindo, o que quero é brincar, é sorrir, é voltar a ser alegre. Tragam-me minha alegria de volta quem a encontrar por ai. A recompensa será um bom papo...
Íris Pereira.

Um comentário:

israel batista disse...

muito bom os textos, sobre solidão esse mal que foi uma companhia constante na minha vida abraços

Sobre a Autora

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Ribeirão Preto, SP, Brazil
3 partes de uma mulher: Maria da qual escrevo seu passado, seus sentimentos e suas verdades. Irismar já sem a Maria, companheira, amante, irmã, mãe, avó, sogra e amiga. Finalmente Iris a parte que reflete sobre as duas e tenta escrever o que descobre entender destas duas mulheres que são tão diferentes.

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