Presente da Aly

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Íris Pereira

Férias Inesquecíveis em Pai Mané do Ceará.

   Quarta feira, 07/04/2010, 21.35 horas, está muito frio exatamente por isto me chegam lembranças de um tempo quente e já bem distante.
    Minha juventude chega assim tão viva que mexe comigo. Tempo de alegria, colorido, tudo era festa, até
as dificuldades eram mais facilmente resolvidas ou esquecidas. Eu nunca fui realmente muito fácil de me comunicar, mas havia algo em mim que chamava atenção e logo fazia amizades e por muitas vezes duradouras. Eu tive grandes amigas e juntos passamos tempos inesquecíveis
     Eu tive amigas que parecíamos irmãs de tanto que andávamos juntas. Uma amiga que eu convivi por mais
tempo foi a Rosa ( Roselita), filha da dona Luisa que me recebia no pai mané como se eu fosse sua filha. A Rosa tem muitos irmãos, porém convivi mais com Creuza, Suzete, Quinha e Isô. Tinha ainda que morava junto com eles na rua presidente Kennedy sendo meus visinhos em Crato a prima Eliziê. A Rosa era mais velha do que eu, poristo mesmo tinha mais senso de responsabilidade e me orientava  em tudo que eu precisava. Ela trabalhava como secretária na câmara municipal do Crato e era muito estudiosa e muito aplicada
Cursava o magistério no colégio Santa Teresa e eu o básico na escola técnica do comércio do Crato. Ho! tempo bom aquele. Eu era aquele tipo de moça que todos pensam uma coisa e era outra, por ser sapeca demais e namoradeira, todos prestavam muita atenção em mim e falavam que eu ia cair na boca do povo. Eu nem ligava.
Queria mesmo era me divertir. Mas tinha minhas responsabilidades e dois irmãos ciumentos pra cuidarem de mim, além disto prometi pra mim mesma que só casaria virgem, coisa que na época era o mais evidente, quase todas minhas amigas eram virgens, ou escondiam muito bem isto.
 Enfim eu já era uma sonhadora e desde este tempo já gostava de fugir do tumulto e da conturbada vida.
Sair voando, fantasiando, criando coisas que só no meu pensamento existiam. Ha! Como eu gostava de escrever, mas rasgava tudo por achar bobagens demais e as vezes até proibidos e censurados. Gostava de
 ler romances. Devorei todos do José de Alencar, meu primeiro presente do meu irmão Auderico.
Outra coisa que eu gostava era viajar para os sítios das minhas amigas, hora era pra Guaribas com Carmelia Batista, hora pra Ponta da Serra com Ana Bolena ou para o Pai Mané com Rosa e suas irmãs. Lá era um
lugar cheio de morros, lindo pelo menos eu achava e tenho em minha lembrança. Quando chegávamos lá
era uma correria, limpa casa, varrer terreiro, deixar tudo em ordem pra noite recebermos a turma do Pai
Mané de cima, eram as meninas Vanda, Valda, Valdísia, Valdênia, Valderir, Valmir e Valtim todos filhos de seu Valdemiro. Lá moravam também os filhos do casal João Sátiro e dona Marieta: Giovani,   Zé Jaime, João Eudes, Francisco Jairo, Marilê, Nailê, Leda, Maria das Graças, e Socorro e Antomio. Ao reunirmos essa turma com mais as primas da Rosa. Lúcia e Maria Fernandes e seu irmão Francisco e mais alguns que no momento falha-me a memória. A festa acontecia por todas as férias. Muito bom mesmo fazíamos tertúlia ( dança) ou simplesmente sentávamos em volta de um grande cimentado que era pra secar o feijão, arroz ou qualquer outros grãos. Ali brincávamos de tudo um pouco. Passa anel, quem bate, pagar prendas, hum! essa era a predileta. Os mais assanhados sempre pediam um beijo, olha com toda inocência, um beijo no rosto, muito embora estivesse morrendo de vontade de beijar na boca. Era muito bom. Que tempo mais delicioso. Os rapazes mais bonitos eram muito requisitados e as moças desfilavam charme para chamarem suas atenções. Eu  escolhi o Giovani  assim que a Vanda o apresentou.Eu tive certeza que namoraria com ele nem que fosse só naqueles dias. Investi forte, paquerei, inventei brincadeiras, me botei bonita,quero dizer, o espelho me dizia que eu podia ir enfrente.Em uma noite de lua bem clara subimos pro Pai Mané, lá a turma nos esperava. Nós chagamos na casa do Giovane, do Zé Jaime, da Socorro e do Toim, casa deles tinha uma mureta em volta da sala, lembro que ficamos lá sentados e brincamos de prendas, em um certo momento da brincadeira eu teria que pagar prenda pro Giovani, claro que a turma conspirou pra isto, então ele pediu um beijo, eu dei no rosto, tive que me esticar toda e ficar nas pontas dos pés mas dei-lhe um beijo. Hi! Foi muito farra que fizeram com isto. Então ele pegou em minha mão e levou-me pra sentar na calçada da casa da Vanda. Claro lá então demos o tão esperado beijo nos lábios. Lembro que o Zé Jaime namorou com a Carmélia, outra amiga inseparável lá do Crato da familia Luna e Batista.
A volta pra casa era sempre acompanhado pelos rapazes e era feito com grande algazarra, era muito divertido e sadio. Como éramos todos tão livres, puros e tão fieis aos princípios que nossos pais nos passaram. Eu guardo muito lembranças também das pessoas mais velhas de lá, só não lembro os nomes, mas
tenho a aparência de cada um deles na minha memória. Eu sempre gostei de conversar com as pessoas mais
velhas e adorava ouvir suas estórias e seus relatos. Bom durante estas férias fui muito feliz, realizei o que eu mais queria, brinquei bastante, dancei muito, namorei quem eu estava querendo e voltei sem sofrer e sem fazer ninguém sofrer. Foi pura diversão Ho! Tempo que não volta mais, mas que valeu todo segundo vivido.
    Lembranças da Irismar, contados por Iris.

2 comentários:

israel batista disse...

é a adolescência e a infância são os melhores tempos de se viver, é o que nos mantem vivos hoje pra recordarmos e passarmos para o papel, tudo o que vivemos, a minha e infância e adolescência foi um pouco pra cá, mas não foi diferente dessa sua não, a gente tinha pureza em nossos poros que um beijo no rosto era um grande pecado e o começo de algo sério, oh que tempo bom foram aqueles de minha infância, viagem na minha lendo a sua. Parabéns muito bem escrito esse texto que postarei também no meu blog. Desse fã poeta.

Antonio Correia Lima disse...

Olá Irismar, o texto está ótimo e será postado no nosso blog e depois no jornal

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Ribeirão Preto, SP, Brazil
3 partes de uma mulher: Maria da qual escrevo seu passado, seus sentimentos e suas verdades. Irismar já sem a Maria, companheira, amante, irmã, mãe, avó, sogra e amiga. Finalmente Iris a parte que reflete sobre as duas e tenta escrever o que descobre entender destas duas mulheres que são tão diferentes.

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