Amor, esse algo desconhecido...

Amor esse algo desconhecido...

Ao começar com esta mania de escrever, eu ficava horas e horas pensando em escrever um poema de amor ou simplesmente falar algo sobre o amor, porem nada vinha à minha cabeça que fosse sobre amor, sempre vinham coisas passadas com sofrimentos, com revolta, ou principalmente com sexo, daí optei por escrever o que vinha rapidinho para meus pensamentos e logo estava escrito um texto.
Ao começar escrever no www.Íris reflete foi fácil, pois minha infância foi rica de detalhes e que nunca se apagaram da minha memória, cada detalhe, cada passagem foi contado com o máximo de verdade, teve alguns fatos que até omiti detalhes para não parecer invenção. Assim foram escritas mais de duzentos textos e todos sem nenhum fato inventado.
Porem minha sede era escrever sobre sensualidade, vontade pecaminosa que vive dentro de mim, coisas que me deixam excitadas, mas que nem todos eu pude desafiar a mim mesma e contar,com detalhes ricos, cheios de sexualidade que mexem comigo até no simples fato de escreve-los. Mas ainda me sinto reprimida, alguns amigos me abandonaram ao ler o primeiro texto erótico, acharam que isto não é normal, mas eu continuei escrever, pois desta vez não estava aqui com uma chibata em punho a minha mãe, meu padrasto, meus irmãos, eles estão em outra dimensão e se de lá puderem me criticar que o façam, mas agora já me sinto livre para por pra fora o que eles me fizeram esconder, me envergonhar, amedrontar e me culpar.
Falar sobre amor, esse amor lindo, enfeitado de rosas e estrelas, do canto da cotovia, fica realmente falso em minha descrição, pois só sei falar eu te quero, eu te desejo e eu o quero possuindo-me. É isto que sei escrever no que mais chega perto do romântico. Só um fato me chama atenção: Eu gosto de ler poesias, eu gosto de ver casais apaixonados, eu sou uma romântica que gosta de voar até a lua em busca de alguém para realizar meus desejos, que gosta de deitar na relva junto de alguém de mãos dadas mas depois do sexo, eu deixo flores pra ele mas vou embora e nunca mais o procuro, eu sinto saudades do que foi melhor na hora do prazer, da entrega do que me realizou sexualmente muitas vezes e me fez ver estrelas perto de mim.
Esse amor tão falado pelos poetas, escritores, esse que faz chorar, que magoa, que as vezes até mata e se deixa matar, acho que vi quando criança e fiquei com medo e o transformei em o bicho papão. Eu hem! Quero isto pra mim não. Me faça feliz, me der prazer, me respeite mesmo quando gozamos e eu serei um amor, mas eu serei o amor e não esperar ter em alguém o amor, depois do prazer adormeceremos o amor e eu para acordarmos no outro ato sexual.
Se pudessem me perguntariam: E o amor seu pelos seus filhos, que dizem ser o amor maior? Eu respondo: Não sei de que sentimento estão falando, mas sei que os respeito e os trato como se fossem eu mesma vivendo neles. E não dei a eles a mesma vida que tive, zelei e cuidei para que nunca sofressem o que eu sofri e dei-lhe e dou toda atenção de que precisarem.
Íris Pereira