Presente da Aly

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Lindo! Lindo.

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Íris Pereira

Dias de caos.

       Já acordei muito mal. Sei que cada um é responsável pelo seu próprio caos e que se soubermos administrá-lo diminuiremos o terror que está rondando as pessoas. Tudo estava dando errado, desde o dia anterior que já estava aborrecida com um montão de tarefas para serem cumpridas, só que eram tarefas CUMPRIDAS mesmo, além da minha capacidade de paciência e tolerância,  e olhem que sou calma. Primeiro tinha que ir ao centro, odeio ir ao centro, carros andando como que dirigido por fantasmas, ou simplesmente pessoas que não se amam ou não deixaram alguém em casa que os amam, um terror mesmo, você tem que dirigir por si e pelos outros. Estacionamento, simplesmente não existem vagas e quando você encontra , o flanelinha vem todo gentil, mas não olha merda nenhuma. Bom vamos ao banco, ai que maravilha, um fila enorme, a tal da senha é uma falsa impressão de que está tudo em ordem, que ordem ? Você espera mais tempo e ainda tem aquele apitinho de barulho irritante anunciando os números só que sua vez nunca chega, enfim tem que aguardar, chega finalmente seu número, vamos lá com aquela tamanha papelada ai o sistema está lento, sempre está, finalmente deu certo, menos um problema. Vamos agora ao supermercado, ai, ai, ai meu Deus, isto sim eu tenho certeza pago meus pecados todas as vezes que tenho que ir a um. Vamos enfrente, pego o carrinho, malditas rodinhas que sempre emperram, nunca fazem manutenção nestas rodas, vou passando de corredor em corredor e pegando tudo da lista, ai é um vexame: Bota óculos para ler os preços, tira óculos para ver de longe, pega isto , pega aquilo, pega tudo, agora no açougue, os rapazes até que são gentis, eu é que não suporto o cheiro e o visual da carne, escolho rápido tudo, agora legumes e frutas, nesta parte até que não fico muito aperriada não, só me irrito com as pessoas apertando , amassando tudo  e jogando o que não escolhe pra lá, é um dia de cão mesmo. Escolho tudo e me encaminho ao caixa, hora empurrando, hora puxando o carrinho com suas rodinhas travando. A espera: Fica num pé, fica no outro, encosta no carrinho, olha algo no meio do caminho para se distrair, são tantas coisas que colocam como corredor para se chegar aos caixas, você acaba pegando algo, as vezes por que precisa outras simplesmente para passar o tempo, chega minha vez, passagem de produtos, a esteira quebrada, eu e a funcionária temos que fazermos ginástica para passar tudo. Pagamento com cartão, sistema lento, bato o pé, assopro, assovio, olho pro vazio dou uma risada amarela e digo é assim mesmo, se preocupe não. Fique calma, ela está calma, eu que estou me coçando toda pensando nas outras tarefas. Guardar as compras no porta malas...vou pular esta parte, é torturante demais.
        Tenho que ir ainda ao dentista. Inferno! Fazer limpeza, como se eu não escovasse em média umas 4 vezes ao dia e ainda tenho que depois da tortura ouvir: Escove sempre depois das refeições, passe o fio dental e use liquido bucal para enxaguar. Agora estou mais calma, uma freada brusca e um xingamento, volta a irritação, como é belo essa vida de cidadão! Adoro  tudo isto.QUERO MORAR NA ROÇA! Montar meu cavalo corisco, pegar minhas frutas nas árvores, colher meus legumes na horta, torrar e moer meu grão de café na hora, pilar meu arroz no pilão, fazer meu mungunzá com o milho do meu milharal, deitar na minha rede na varanda e contar histórias para meus filhos, netos, noras, genros e afilhados. Quero contar as estrelas, ver o cruzeiro do sul, a estrela do norte, me emocionar com a estrela do oriente. Quero ouvir o galo cantar, o jumento relinchar de hora em hora e o sabia me acordar as 5 da manhã. Quero correr descalça pelo campo, ir lavar roupas no rio com sabão de pedra feita pela mãezinha, Quero ver tirar o leite da vaga mimosa, ver seu bezerro aproveitar o que sobrou em sua enorme teta. Quero me arrumar toda, colocar ,minha colônia alma de flores, por uma flor no cabelo e esperar meu amor que vai chegar com a boiada que vai levar bem cedo pro matadouro. Quero estar sempre contente e esperançosa que o próximo inverno será ainda melhor...Eu quero saber administrar o meu caos.
      Íris Pereira

3 comentários:

Íris Pereira de Souza disse...

Ofereço este texto ao Paulo Laurindo, Por toda atenção que ele tem dedicado-me.
Um forte abraço meu rei.
De sua súdita Íris Pereira.

Paulo Laurindo disse...

Pra mim? Pois saiba que acertaste. Parece até que vc narrou qualquer dia meu aqui em Sampa. Tem nada não, Iris, em momentos como estes a gente sempre lembra de algo muito legal e gostoso para passar o tempo. O negócio é que com a esta invenção do diabo, o celular, a gente não consegue nem mais ouvir os próprios pensamentos. Penso que vou perder meu medo das alturas e voar de parapente! Mas será que os helicópteros vão permitir?

israel batista disse...

é lembrou de postar novamente os seguidores do seu blog necessita da leitura de seus textos abraços o meu eu sei que tem uma meia duzia que dizem gostar abraços e fique com Deus

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Ribeirão Preto, SP, Brazil
3 partes de uma mulher: Maria da qual escrevo seu passado, seus sentimentos e suas verdades. Irismar já sem a Maria, companheira, amante, irmã, mãe, avó, sogra e amiga. Finalmente Iris a parte que reflete sobre as duas e tenta escrever o que descobre entender destas duas mulheres que são tão diferentes.

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