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Íris Pereira

Família e Diálogo


Muitas vezes é necessário estar diante do perigo para se ter a medida do medo. Passar por medo de perder algo material, medo se ser reprovado no exame escolar,
dúvida se vai agradar alguém no primeiro encontro, isto são sintomas de insegurança, agora medo perder alguém que se ama, se tem carinho, compartilha seus dias bons, ruins, se
programam juntos os planos para o futuro...Enfim, me encontrei de repente diante desta situação, vi meu mundo se desmanchando e tudo por falta de diálogo. A mídia vive pregando isto de famílias dialogarem, tirarem uns minutos pra se falarem, saberem como estão, o que se passa com cada um. Mas na verdade isto é pouco praticado. Muitas vezes alguém da família, em geral a mãe se ocupa desta parte e vai passando de um pro outro o que se passa com cada um, deixando assim a falta de diálogo entre os próprios membros da família. Muitas vezes a mãe faz isto por achar que estar resolvendo problemas e que no caso de um falar diretamente ao outro o que este faz que não lhe agrada, partir assim pra briga e as vezes até agressão física. Passei muito por isto na minha infância, juventude até sair de casa, para livrar-me dessas coisas desagradáveis. Casei-me, tive dois filhos, os criamos muito bem, convivi 22 anos com o pai deles, tudo foi muito dentro do padrão exigido pela sociedade. Convivi com meu marido durante 5 anos como amigos apenas preparando os filhos para uma separação. Chegando a hora foi tudo muito dentro da lei. Fiquei com a guarda dos filhos, 17 e 12 anos.
Casei-me novamente. Tudo bem, tudo certo, tudo muito explicado, tudo aceito.
Anos passaram, filha casou-se teve uma filha, já divorciada e morando comigo, trabalha estuda, tem 36 anos.
O filho 30 anos, casado e moram comigo. Tudo bem? Sim tudo bem. E o relacionamento com o padrasto? deu certo? Deu até mais que o esperado, mas de repente me vi diante de algo surpreendente: Não existia um diálogo entre os membros da família e mesmo morando juntos. Até que teve a primeira crise, tudo foi apontado para uma unica culpada: Eu, a mãe, protetora, quero dizer atrapalhadora, servi de intermediária entre o diálogo deles e de repente veio a cobrança. Meu mundo caiu. Nunca imaginei que por ter guardado o medo dentro mim que vivi durante tanto tempo com meus próprios pais e irmãos fossem me prejudicar tanto. Chegou ao ponto de ter que o meu marido sair com cada um pra ter uma conversa aberta e finalmente nos reunirmos e colocarmos tudo em pratos limpo, os pontos nos iii. E tudo só aconteceu por que eu tive ameaça de infarto e o medo de me perderem e eu a eles, nos uniu e descobrimos isto, que tem sim que se falar um pro outro o que estar bem e o que não estar e principalmente se comunicarem, não deixando que outra pessoa resolva as coisas sozinha, querendo carregar tudo nos ombros.
Graças a Deus descobrimos isto no tempo certo e vamos tentar viver da melhor maneira, participando mais de almoços juntos, cafés, sair pra um passeio, ou simplesmente sentar na calçada e jogar conversa fora.
Estou contando este fato para que sirva de exemplo ou simplesmente conheçam mais um pouco desta amiga.
Íris Reflete

Um comentário:

Paulo Laurindo disse...

O importante é que tanto numa família quanto num país é que todos tenham voz e vez.

Sobre a Autora

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Ribeirão Preto, SP, Brazil
3 partes de uma mulher: Maria da qual escrevo seu passado, seus sentimentos e suas verdades. Irismar já sem a Maria, companheira, amante, irmã, mãe, avó, sogra e amiga. Finalmente Iris a parte que reflete sobre as duas e tenta escrever o que descobre entender destas duas mulheres que são tão diferentes.

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