Presente da Aly

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Íris Pereira

O TAPETE MÁGICO


   Era 2 horas da manhã quando resolvi deixar a festa e ir pra casa sozinha mesmo, estava fora da alegria do ambiente e totalmente deslocada. Falei qualquer desculpa ao meu marido e fui andando devagar curtindo o ar fresco da madrugada, não tinha estrelas, estava nublado e perecia que logo choveria. Entrei pela porta da sala
ao ascender a luz tive uma surpresa, um tapete lindo, do jeito que sempre desejei estava lá estendido, tão lindo que apagara todo o restante da decoração. Fiquei a olhar tanta beleza, tirei os sapatos e fui com muito carinho e jeito sentar-me bem ao meio e como se já soubesse manejá-lo, dei-lhe uma simples ordem: Meu tapete mágico leve-me agora para os lugares que sempre visitei em pensamentos e sempre quis estar lá pessoalmente, não der voltas, leve-me do primeiro ao último, não me deixe perder o mínimo detalhe.
   Era maravilhoso estar voando tão assim sem o menor abalo, sem sentir frio, vento, era tudo muito lindo. Não senti medo, nem deu tempo já estávamos por cima da Pirâmide de Quéops, depois de ver tudo com boca e olhos bem abertos, foi a vez do Jardins  Suspensos da babilônia, pena fotografar, a Estátua de Zeus em Olímpia,  nem sei qual mais bonito se o templo de Ártemis em Éfeso ou o Mausoléu de Halicarnasso, diante do Colosso de Rodes babei a vontade,e fui chorar diante do Farol de Alexandria.
   Com certa autoridade falei ao meu tapete mágico chega das antigas maravilhas, leve-me por favor às mais novas que lá também me derramarei em emoções. Fui rápida trasportada para meu desejo realizar, num segundo estávamos lá diante de nada menos do que Slonehege, fomos para o Coliseu de Roma, lembranças tristes me trouxeram, pedi, leve-me às Catatumbas de Kom el Shoqafa, fomos à torre de Porcelana de Naquim e como tudo é mágico leve-me agora às muralhas da China. Nem pisquei e já estava conhecendo a Torre de Pisa. Muito lindo então satisfeita quis conhecer a Basílica de Santa Sofia. Meu Deus como é possível tantas obras maravilhosas? Lembrei-me então de pedir para passar pela Abadia de Cluny e é lógico pelo Taj Mahal. Suspirei satisfeita, mas queria aproveitar mais, mas percebia que não deveria abusar da boa vontade do meu condutor, apesar de mágico deveria ter um limite, pensei comigo, como em todos os lugares que visitamos era dia de acordo com o local, posso então escolher um lugar que mais quero nestes últimos anos e sem vacilar, disse-lhe em vos firme: Leve à malhada dos Britos no ano de 1960.
     Eu uma menina magricela, com cabelos enormes feito tranças, com vestido de flor corria quase coando para os braços dele, alto, esbelto sempre vestido de calças claras e camisas de tecido, cabelos vastos , pretos e bem penteados, abriras os braços e me balançava pra lá e pra cá, nossas gargalhadas se misturavam
nunca esquecerei aquele dia, aquele encontro com ele, o homem que pouco tempo tivemos juntos, mas deixou-me grandes lições e uma delas é a que nunca responda com rancor, mesmo tendo razão e sendo ofendida, der sempre um sorriso e olhe bem nos olhos do sei provocador. Deus cuidará do resto.
Fiquei com meu pai o dia todo, subi em árvores, andei à cavalo, almoçamos na casa do tio Bitõe, fomos nos sentar no banco embaixo da cajaranda, deitei-me no bando e apoiei minha cabeça em seu colo, ele alisava meus cabelos. Não existe lugar mais mágico do que este pensei.


    Tomei um susto com a meu marido passando a mão de leve em meus cabelos e dizendo: Gostou da surpresa querida? Deu trabalho escondê-lo de você e colocá-lo sem você ver. Ele é lindo, não é? Disse sim com um balanço de cabeça e deixei-me ser levada pelos braços fortes desta vez do meu negrão, meu amável marido.
    Meu é uma linda imitação de um tapete indiano, mas a magia é verdadeira no meu coração.




7 comentários:

israel batista disse...

muito bem criado esse texto vai pro meu blog hoje demorou mais escreveu um texto saudoso, que vc satisfez todos seus sonhos, mas a sua felicidade tava em voltar a infância e passou momentos maravilhosos ao lado do seu velho e eterno pai, parabéns sucessos

Antonio Correia Lima disse...

Olá Irismar, veja postagem no nosso blog do seu texto. Troquei a imagem que simbolizava a Palmeirinha por duas reais.
Editarei também no nosso jornal.
Um forte abraço

Arcoiris No Horizonte disse...

Israel, amigo querido,
qualquer dia usarei este tapete para ir visitar e conhecer meus amigos que tanto amo e ainda não os vi pessoalmente.
Você me surpreende com visitas e ainda mais postando meu texto.
Obrigada amigo. Você captou a verdade.
Um grande abraço.
Que O Senhor esteja sempre com você e sua familia
Íris

Arcoiris No Horizonte disse...

Meu irmão e amigo Antonio,
hoje foi o dia das surpresas, quem eu menos esperava deu-me atenção.
O tapete pode não ser mágico , mas meu coração sabe bem o que quer.
Obrigada por privilegiar colocando também no jornal, eu já estou com saudades de ler algo meu lá no jornal que aprendi dizer nosso.
Um forte abraço.
Írismar

Paulo Laurindo disse...

O melhor lugar do mundo é aqui!

Íris Pereira de Souza disse...

E nada seria realmente completo se não tivesses vindo me visitar...
Obrigada amigo.
Um forte abraço
Iris Pereira

Valdir Nazareth disse...

Íris cada dia você me surpreende mais, sua imaginação fértil vem deste seu modo calmo e quieto. As vezes parece estar tão distante e estar mesmo, quem sabe até está mesmo...
Muito bom este texto, não entendo tanto assim de literaturas mais avançada mas quando mais simples digo-lhe que está ótimo.
Un abraço e que 2011 seja refleto de bons textos.
Valdir Nazareth

Sobre a Autora

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Ribeirão Preto, SP, Brazil
3 partes de uma mulher: Maria da qual escrevo seu passado, seus sentimentos e suas verdades. Irismar já sem a Maria, companheira, amante, irmã, mãe, avó, sogra e amiga. Finalmente Iris a parte que reflete sobre as duas e tenta escrever o que descobre entender destas duas mulheres que são tão diferentes.

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