Presente da Aly

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Íris Pereira

O Começo


O COMEÇO

Nem sei de fato se conseguirei repassar tudo que ouvi de minha mãe sobre sua historia, eu sempre fui boa ouvinte e muito apegada a ela, enquanto ela estava realizando uma tarefa caseira eu lá estava pedindo para contar-me algo do seu passado. Ela gostava de falar, falava horas a fio, nem sempre eu entendia tudo, mas ficava atento a tudo.
Morador de Acopiara o jovem agricultor João Vieira do Nascimento conhecera, em um outro sítio pelas redondezas uma jovem por nome Águida Alves muito jovem ainda nem se deu conta dos olhares do João para ela, mas o João insistiu em trabalhar uns dias pra ajudar na colheita do milho, como de costume os agricultores faziam essa troca de favores, neste poucos dias então aproveitou-se o João e pediu em namoro a àguida que muito tímida mandou-o falar com seu pai. Deu tudo certo, arrumarão o casamento pra depois da colheita e a levaria pra Acopiara. Foi um casamento com a presença de irmãos e parentes dos noivos. Como presente de casamento o pai da Noiva deu um pedaço de terra em Mombaça, para eles começarem a vida com mais facilidades. Trabalhador e muito esperto o João progrediu não só nas lavouras como também nas criações de animais e de filhos, tiveram 10 ( dez ) filhos sendo 5 ( cinco ) mulheres e 5 ( cinco ) homens, aos homens ensinou-lhes a lidar com a lavoura e às mulheres as preparavam para serem boas esposas e donas de casa. A
Mais velha das meninas Rosa Alves Vieira casou-se com 14 anos e fora viver em Iguatú. A Madalena Alves Vieira casou com um boiadeiro aventureiro e não tinha morada certa. Aldenora uma moça bonita e rebelde não se conformava com a vida de escravidão, foi visitar a irmã em Iguatu e de lá foi pra Fortaleza, juntou -se com um malandro que fez-lhe um filho e logo em seguida foi preso, mas ao ser transportado de trem para outra cidade pulou e quebrou o pescoço deixando a viuva com um filho que logo viu que não daria conta de criá-lo e o entregou pra uma generosa senhora que o levou pra morar no Crato e o registrou como filho. Audenora Alves Vieira montou um cabaré na praia de mecejana em Fortaleza, deu-se bem, pelo menos simpática e bonita teve sorte com o negocio e conseguiu tornar-se independente, se é que vender o corpo é ser independente, mas pelo menos ajudou a criar alguns sobrinhos. Josina Alves Vieira a penultima filha, muito bonita aos 13 anos apaixonou por um pião de nome Francisco, ao falar nele seus olhos sempre enchiam-se de lágrimas e sua emoção era evidente e comovente. Seu pai dizia ter mais preferencia por ela e não queria perdê-la tão cedo então não permitiu o namoro, passando a vigiá-la constantemente. O chico tinha uma aliada que era a tia Cabrinha, irmã do meu avô, vendo que era um amor muito bonito ajudou os namorados, combinaram tudo, ele compraria o vestido de noiva e a noite a levaria pra casa da tia cabrinha que pediria ajuda aos pais da josina pra ela matar um porco, assim foi, a noite o Chico pegou a josina montou a na garupa do seu cavalo e a levou pra outra cidade ali por perto, pela manhã foram à igreja onde alguns amigos dele já os aguardava, mas o padre não fez o casamento porque não tinha ninguém responsável pela moça e naquela confusão chega o irmão mais velho luis Alves Viera que desconfiado foi atrás da irmã. Levou a de volta pra casa onde viveu muito tempo chorando olhando o vestido e um espelho que o Chico deu-lhe de presente e disse-lhe não verá sua imagem neste espelho serei eu que sempre te acompanharei.
Mas como tudo na vida segue enfrente, minha mãe tinha que cuidar da irmã mais nova a Mundeza Alves Vieira e nas tarefas de casa.
Em mombaça chegou o projeto de irrigação e ferroviária, a cidade virou um alvoroço. Minha mãe conheceu Manoel Pereira de Souza um viuvo com 40 anos e duas filhas, Hilda Pereira e Soledade Pereira , uma das duas na mesma idade que a Josina. O viuvo viu muitas expectativas nesta menina , meteu os peitos e a pediu em casamento, seu pai de imediato concedeu, viu que a filha teria futuro garantido, afinal o homem era chefe de bombas, ele entendia bem do negocio, era funcionário da SUDENE. Casaram e foram morar em Iguatu, sem moradia certa pois o ceará precisava crescer e dar confiança aos eleitores e nisto os trabalhos se estendiam por todo Ceará.
Josina foi tendo um filho de 10 em 10 meses e em cada lugar mais extranho que o outro, finalmente chegou em um lugar que finalmente parecia ser um lugar bom, o Crato. Lá morou na cidade teve outro filho Auderico, quando foi mandada para o sítio malhada dos Britos pois lá seria construído um açude e logo foi arranjado uma casinha de taipa para o casal e seus 5 filhos, Adauto, Francisca Maria, Maria Zilda e Auderico, logo nasceu outro macho o João que morreu com alguns dias de vida e neste mesmo período veio a tal de varíola levando a Francisca e a Maria Zilda, ficando apenas o Adauto e o Auderico.
A coisa não andava boa pro lado do manoel, ele sentia fortes dores nas pernas e já usava uma bengala, a qual não lhe tirava a elegancia, pois este só se vestia de terno de linho branco muito bem passado, bem passado mas amarrotado depois de suas várias pingas no boteco do Lunga, dair as coisas foram piorando, ele já não trabalhava mais, passava a maior parte do tempo deitado em uma rede e bebendo, mas a Josina que cada dia se formava mais bonita e fogosa dava seus pulos, ia pros forrós, bebia , dançava e outras coisitas mas, que ela era de carne e osso e muita beleza. E nessa folia toda nasce a Maria Írismar, 1951, abril, segunda feira braba, as 15 horas, pelas mãos da parteira mãe Branca, essa teve uma sorte passaou por tudo que era doença, até curuba, mas escapou, tanto era a vontade de um certo rapaz ser seu pai e de longe cuidava dela, pois o Manoel só afundava cada dia mais e foi adoecendo de verdade, porém tinha a proteção de um chefe e compadre sendo padrinho junto com sua esposa Mundinha, eles estimavam muito a Josina que era uma mulher muito trabalhadora e amiga das pessoas.
Nasceu outro menino que recebe o nome de João, para homenagear o outro que morrera. Quando completa seis meses de vida o João perde o pai, morre o Manoel de moléstia do fígado, é isto que se ler no seu atestado de óbito. Ficou viuva a josina, mas não demorou muito somente seis meses e torna a se casar, desta vez com um rapaz mais novo que ela 10 anos, Raimundo Correia Lima, um rapaz de familia tradicional e bem de vida, de começo já virou confusão, primeiro por ser viuva com 5 filhos, depois pela fama que tinha de ser alegre demais...fogosa demais...enfim os boatos correrão soltos pelos juas, Ponta da Serra e a briga foi feia, mas o Raimundo apesar de ser jovem, enfrentou os pais José Paulino Correia e Josefina Correia Lima e foi morar com
com a viuva e seus 4 filhos pois o mais velho o Adauto não aceitou o casamento e foi morar em Fortaleza com a tia Aldenora.
Pelo fato das confusões serem constante entre a familia, o Meu padrasto resolveu ir para o Crato, achava que lá ele teria mais oportunidades de trabalhar e nos colocar pra estudar.
Fomos então morar na rua do posto em Crato, onde começa uma nova historia, a da infância de idas e vindas da Írismar, de traumas, choros, brigas, bebedeiras, desafios pra uma menina enfrentar sem se deixar perder na própria perdição da mãe, contando com ajuda do irmão e amigo Auderico, que sempre foi um menino ajuizado, calmo e responsável.
Bem este foi o começo, em seguida foi o Pai Biológico, já postado e conhecido, em seguida, recentemente escrevi um texto dando mais detalhes e esclarecimento do texto Pai Biológico.
Irismar Pereira de Souza ( Íris )

Prometo contar o meio logo mais em outro texto.
Íris Reflete

6 comentários:

israel batista disse...

muito bom o texto parabéns que história mas bela, daria pra fazer um filme gostei, irei acompanhar a sequencia abraços

Antonio Correia Lima disse...

Aguardarei o restante do texto para poder postar no nosso Blog

Arcoiris No Horizonte disse...

Ha! Israel não vale, você só elogia o que escrevo, poxa vida fui ler agora com calma , pelo amor de Deus tem erro pra caramba. Vou corrigir, se quizer pode postar, qualquer coisa minha, se for louco mesmo,rsrsrsrs.
Dê uma olhada amanhã.
Um forte abraço.
Íris Pereira

Arcoiris No Horizonte disse...

Antonio boa noite.
Olha a continuação vai ser muito doloroso pra mim, além do mais já tem aquela parte que escrevi por último,
mas vou ter que enfrentar tudo e escrever, pior é que não tenho quem me ajude, fico perdida, porque o que escrevo é assim vai saido das lembranças e vou escrevendo, por isto tanto erro, pois fico cansada e quero postar logo. Vou corrigir agora.
Um forte abraço
Iris Pereira

Paulo Laurindo disse...

Olá, Iris! Já não me surpreendo mais: sempre que desejo um pouco de afeto, venho ao teu espaço e me abasteço nos teus sensíveis relatos.

Arcoiris No Horizonte disse...

Obrigada Paulinho. Tenho outros espaços onde podes me encontrar com mais freqüencia, não que esteja desejando que precise de afeto, mas eu sou tudo isto que você ler e entende tão bem. É incrível como me conheces só através do que escrevo, acho que é por ser tudo tão simples e verdadeiro. Não tenho conhecimentos suficientes para florear o texto.
Procure-me e tente ler os textos mais antigos.
Um abraço e um beijo gracioso
I
Íris Pereira

Sobre a Autora

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Ribeirão Preto, SP, Brazil
3 partes de uma mulher: Maria da qual escrevo seu passado, seus sentimentos e suas verdades. Irismar já sem a Maria, companheira, amante, irmã, mãe, avó, sogra e amiga. Finalmente Iris a parte que reflete sobre as duas e tenta escrever o que descobre entender destas duas mulheres que são tão diferentes.

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